A urgência de maior produtividade, associada à redução contínua do contingente de trabalhadores, à pressão do tempo e ao aumento da complexidade das tarefas, além de expectativas irrealizáveis e as relações de trabalho tensas e precárias, podem gerar tensão, fadiga e esgotamento profissional, constituindo-se em fatores psicossociais responsáveis por situações de stresse relacionado com o trabalho.
(Fonte:http://www.uc.pt/tomenota/2010/20100922_1) |
A urgência de maior produtividade, associada à redução contínua do contingente de trabalhadores, à pressão do tempo e ao aumento da complexidade das tarefas, além de expectativas irrealizáveis e as relações de trabalho tensas e precárias, podem gerar tensão, fadiga e esgotamento profissional, constituindo-se em fatores psicossociais responsáveis por situações de stresse relacionado com o trabalho.
Os
riscos psicossociais podem interferir até mais do que fatores físicos no
desempenho do trabalho. Esses riscos são os menos estudados e raramente considerados
capazes de causar doenças ocupacionais ou relacionados com o trabalho, porém o
desconhecimento e a desatenção com relação aos mesmos não reduzem os seus efeitos
deletérios.
Existem
diversas classificações e significados dos riscos psicossociais (PEIRÓ, 1999).
A ILO (1986) definiu risco psicossocial em termos da interação entre conteúdo
do trabalho, organização do trabalho e gerenciamento, e outras condições
ambientais e organizacionais, por um lado, e competências e necessidades dos empregados,
de outro. Estas interações que podem provocar riscos influenciam a saúde dos
empregados através de sua perceção e experiência.
Uma
definição de riscos psicossociais no trabalho simplificada é dada por Cox e
Griffiths (1995, p. 23): “todos aqueles aspetos do desenho e gerenciamento do
trabalho e os contextos sociais e organizacional que têm potencial para causar
dano físico ou psicológico”.
Vários
são os sintomas causados pela presença de riscos psicossociais no ambiente de
trabalho, estes podem-se dividir em reações emocionais, cognitivas,
comportamentais e fisiológicas.
Tabela
1- Tipos de reações causadas pelos riscos psicossociais
Reações
Emocionais
·
Irritabilidade / conflitos;
·
Ansiedade/angústia;
·
Perturbações do sono;
·
Depressão;
·
Isolamento;
·
Stresse e burnout;
·
Problemas familiares.
|
Reações
Cognitivas
·
Dificuldade concentração;
·
Memória;
·
Aprendizagem;
·
Tomada de decisão.
|
Reações
Comportamentais
·
Abuso de drogas, álcool, tabaco.
|
Reações
Fisiológicas
·
Doenças cardíacas (pressão alta) e
digestivas (úlcera);
·
Dores costas e lesões.
|
“Sintomas”/Custos Organizacionais
causados pelos riscos psicossociais
• Menor satisfação profissional;
•
Maior probabilidade de acidentes de trabalho e erros na tomada de decisão;
•
Menor rendimento e produtividade;
•
Menor qualidade dos serviços;
•
Rotação de pessoas / turnover;
•
Absentismo;
•
Baixas e custos de saúde;
•
Indemnizações;
Impactos
• 1
em cada 4 trabalhadores europeus em stresse;
• 1
em cada 5 europeus em burnout;
• 9%
dos trabalhadores europeus afirmam terem sido vitimas de assédio moral;
•
50% a 60% dos trabalhadores que ficam sem trabalho é devido ao stresse;
•
60% a 90% de consultas médicas - stresse;
•
2.ª queixa dos trabalhadores portugueses;
•
custo económico com o stress profissional na EU - 20.000 milhões de euros.
Webgrafia:
·
CORREIA, Anabela. Prevenção e Controlo de
riscos psicossociais. Disponível em http://www.ordemengenheiros.pt/fotos/dossier_artigo/prevencaocontroloriscospsicossociais_anabelacorreia11910149444dbee854d022e.pdf.
Acedido a 2 de Maio de 2012.
·
GUIMARÃES, Liliana. Fatores Psicossociais de
risco no trabalho. Disponível em http://www.prt18.mpt.gov.br/eventos/2006/saude_mental/anais/artigos/Liliana_A.M.Guimaraes.pdf.
Acedido a 2 de Maio de 2012.
Sem comentários:
Enviar um comentário