"O bom leitor lê o que se escreve nas linhas, o pesquisador, as entrelinhas."
Flanklever

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Reflexão- Ruído Ocupacional

Fonte :http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/3581-programa-de-conservacao-auditiva-em-seguranca-do-trabalho/
A exposição ocupacional ao ruído constitui, sem dúvida, uma questão transversal, na medida em que abrange um grande número de situações ocupacionais que vão desde a indústria à agricultura, passando pela construção e pelos serviços.
Apesar de este risco ser normalmente equacionado em meios ocupacionais, a verdade é que pouca importância se lhe tem dado, optando-se, geralmente, pela solução mais imediata, a adoção da proteção individual auditiva.
Num estudo recente levado a cabo pela Comissão Europeia sobre as condições de trabalho nos Estados membros (Merllier e Paolli, 2000) verificou-se um aumento do número de pessoas expostas a ruído intenso, passando de 27% em 1990 para 29% no ano 2000, aumento esse que, apesar de não ser significativo, representa um retrocesso na vontade de diminuir a exposição ocupacional ao ruído.
Muitos episódios têm sido vivenciados durante as auditorias relativo ao ruído. Muitas das vezes em locais com muito ruído nota-se que os trabalhadores não possuem medidas de proteção para atenuar esta problemática, não utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI) que a entidade empregadora lhes disponibiliza. O que acontece na maioria das vezes, é que nos depararmos com situações de elevado ruido, mas a medida que os trabalhadores adotam é meter um rádio com o som ainda mais elevado do que o ruído ocupacional, transformando no seu ver um ambiente mais propício ao trabalho.
Nestes casos nós alertamos para a utilização dos EPI’s, as consequências que advém da exposição diária ao ruído e ainda alertamos a entidade empregadora para que estes por sua vez alertem os trabalhadores. Outra abordagem que fazemos é se tem realizado estudos/medições de ruído, quais os resultados que se tem obtido e quais as medidas que tem sido tomadas. Caso ainda não haja a realização de medições o nosso papel passa por alertar/ sensibilizar para que sejam feitos o mais rápido possível.
           No meu ver pelo que tenho presenciado o ruído é uma problemática que não é encarada como tal, tanto pelos trabalhadores como pela entidade patronal, ficando sempre a sua prevenção para segundo plano. Por isso ser tão importante a sensibilização que nós realizamos.

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